Ensina-nos a Orar
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Pensa comigo: eles viveram colados em Jesus por mais de três anos. Acordavam com Ele, caminhavam com Ele, comiam com Ele. E, em meio a tudo isso, o que mais chamou a atenção deles? A forma como Jesus falava com o Pai.
Não era uma oração qualquer. Não era um monólogo frio, mecânico ou decorado. Era uma conversa viva, cheia de amor, confiança, entrega. Era o Filho falando com o Pai — e os discípulos estavam ali, vendo isso acontecer todos os dias. Não é à toa que um dia, depois de vê-lo orar, eles disseram: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1).
Eles não pediram: "Ensina-nos a pregar", "Ensina-nos a curar", ou "Ensina-nos a expulsar demônios". Eles queriam aprender a orar. Isso me mostra algo poderoso: ver Jesus orando despertava fome por mais de Deus.
E aqui vai uma verdade que precisamos encarar com sinceridade: todos nós sabemos que deveríamos orar mais. A gente ouve isso desde os primeiros passos na fé. Mas saber não é o mesmo que fazer, né? Parece que sempre tem algo nos distraindo, nos desviando, nos fazendo adiar aquele tempo com Deus.
Mas aí entra Jesus. Ele não só orava — Ele nos convidava a olhar para a oração com outros olhos. E quando os discípulos disseram: "Ensina-nos a orar", Ele não deu um livro, nem mandou ouvir uma pregação no YouTube. Ele disse: "Quando orarem..."
Você percebe o detalhe? Ele não disse "se orarem", mas quando. Jesus espera que a gente ore. E mais: Ele sabe que a oração é um aprendizado na prática. Você aprende a orar... orando!
Ele então nos apresenta o famoso Pai Nosso. Mas calma — antes de recitar de forma automática, tenta enxergar o que Jesus está ensinando ali: oração começa com relacionamento. Antes de fazer pedidos, antes de listar necessidades, Jesus nos ensina a olhar para Deus e dizer: Pai.
Olha que lindo: Jesus veio para nos apresentar o Pai. Ele não começa dizendo "Senhor distante", ou "Juiz severo". Ele diz "Pai". E mais: "Nosso Pai". Isso muda tudo! Quando você sabe com quem está falando, a oração deixa de ser um dever e se torna um encontro.
E é aqui que muita coisa se encaixa. Quando você entende que Deus é seu Pai, que Ele te ama, que Ele te ouve, que Ele se importa — a oração deixa de ser um monólogo vazio. Ela se transforma em relacionamento, em intimidade, em alegria.
Jesus nos mostra que orar não é correr atrás de bênçãos. É correr para os braços do Pai.
Agora, deixa eu te dar uma dica prática: crie um tempo e um lugar para orar. Todos os dias. Mesmo que seja cinco minutos. Comece. Apareça. Fale com Deus. E escute.
Não espere ter a “oração perfeita” ou entender tudo antes de começar. É no caminho que o Espírito Santo vai te ensinar. É na prática que você cresce. E quanto mais você conhece o Pai, mais você vai querer estar com Ele.
Pra terminar, te deixo uma pergunta que pode mudar sua forma de orar:
O que você pensa sobre Deus quando está orando?
Porque a sua resposta molda tudo. Se você o vê como distante, indiferente ou impaciente, sua oração vai ser insegura, fria, cheia de medo. Mas se você o vê como Pai amoroso, presente e interessado em você — aí, sim, você vai correr pra Ele todos os dias.
Então, meu convite é simples: não desista da oração. Redescubra-a. Recomece. Fale com o Pai. E se for preciso, diga como os discípulos disseram: "Senhor, ensina-me a orar."
Porque Ele ainda ensina. E Ele está te esperando.
Eduardo Gonçalves Junior
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